Desfile mostra roupas sustentáveis em Copenhague



Na última quarta-feira (9), modelos participaram em um desfile em Copenhague, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), organizado pelo Danish Fashion Institute.

A iniciativa, que apresentou peças de roupa ecologicamente corretas, foi organizada para motivar as empresas de moda a serem mais sustentáveis.
Realizado na Copenhagen's Opera House, o evento reuniu 20 estilistas de cinco países e representantes de peso do varejo.
Cada profissional apresentou dois modelos feitos com algodão e seda orgânicos, poliéster desenvolvido a partir de garrafas plásticas ou novos tecidos fabricados com resíduos da indústria e agricultura.

Depois de analisar os 40 modelos, um júri concedeu o prêmio de R$ 12 mil à finlandesa Saara Lepokorpi, que utilizou lã orgânica e tecidos feitos de fibra de milho e proteína de leite para a produção de seus looks.
O prêmio foi entregue pela princesa Mary da Dinamarca, que elogiou "as pessoas criativas, cheias de boas ideias do mundo da moda".

Fonte: R7

Norah Jones

Mito da moda, Chanel teve a vida marcada por tragédias, conquistas profissionais e casos de amor




O nome da estilista Coco Chanel (1883-1971) já rendeu material para diversas biografias. Paul Morand é autor, por exemplo, de L'allure de Chanel, que tenta decifrar a personalidade da criadora de uma das grifes mais duradouras e valiosas do planeta.

Lilou Marquand, uma de suas últimas assistentes, escreveu Chanel m'a dit, sobre os últimos anos de convivência ao lado da patroa que revolucionou a moda feminina. Em Coco & Igor, o escritor Chris Greenhalgh conta sobre o suposto romance entre a estilista e maestro russo Igor Stravinsky, livro que serviu de base para um filme dirigido pelo holandês Jan Kounen, ainda inédito no Brasil.

Mas é a biografia A Era Chanel, da escritora Edmonde Charles-Roux, que serve de base para a diretora Anne Fontaine criar o universo do filme Coco antes de Chanel, que estreiou em todo país nesta sexta (30).

O livro trata da infância miserável da estilista, nascida Gabrielle, entregue pelo pai caixeiro-viajante a um orfanato, onde teria aprendido a a costurar, até se transformar na jovem rebelde e na empresária visionária que viria a sacudir os padrões de comportamento da Belle Époque.
Chanel, que ganhou o apelido Coco nos cabarés parisienses onde atuou como dançarina, foi uma visionária da moda moderna, tudo que ela criou ainda é usado nos dias de hoje. Muito da inspiração de suas criações vinha da admiração que tinha pelas corridas de cavalos observando como os jóqueis se vestiam.

As peças de roupa com um toque da personalidade masculina, misturado com o que há de mais feminino viraram sua marca registrada. A estilista revolucionou a década de 20, libertando a mulher dos trajes desconfortáveis e rígidos do final do século 19.
Abriu espaço para as calças compridas, que não eram usadas por mulheres até então. Mas para não masculinizá-las o look era complementado com uma maquiagem clássica (base, rímel, bochechas bem rosadas e lábios vermelhos), o corte de cabelo que acabou recebendo seu nome e o perfume mais feminino que já se sentiu, o Chanel n°5.

Sua primeira loja foi inaugurada em 1910, Chanel apenas vendia chapéus. Com o passar do tempo desenvolveu seu estilo próprio. Criou a autêntica moda do tailleur, marca registrada da grife, até hoje reinterpretada pelo alemão Karl Lagerfeld, que assina as coleções desde 1983.
Além disso, são do estilio dela o vestido chamisie (inspirado nas camisas masculinas), os sapatos fechados, o colar de pérolas, a bolsa matelassê de couro com alças em corrente dourada e os óculos enormes arredondados, sempre na cor preta.
Seu trabalho é tão importante que até hoje, de todas as maisons parisienses, Chanel é a única que se mantém fora dos grupos empresariais. E faz os desfiles mais emblemáticos das semanas de moda do mundo.

Fonte: R7

Campanha Channel n5

Trailer legendado

Crítica do filme



Dirigido por Anne Fountaine (A Garota de Mônaco), Coco Antes de Chanel é um retrato de Coco antes de se tornar uma verdadeira lenda da moda, como o próprio título deixa claro. A ideia do filme é, portanto, focar nos anos anteriores à fama; uma das evidências disso é que em momento nenhum seu sobrenome, que dá nome a uma das mais fortes marcas da indústria da moda ainda hoje, nunca é citado.

O filme começa quando Gabrielle – nome de batismo da estilista - é abandonada no orfanato ao lado de sua irmã ainda na infância. Elas crescem fortemente unidas e, na idade adulta, já apelidada por Coco (Audrey Tautou), tenta sobreviver como pode cantando num cabaré ao lado da irmã, Adrienne (Marie Gillain), e fazendo pequenos consertos de costura durante o dia. Mas Coco, abandonada pelo pai e não muito favorecida pela genética, cresce descrente no amor - embora tenha seus romances - ou qualquer outra coisa que seres do sexo oposto possam oferecer.

Numa sociedade machista, é complicado para uma mulher conseguir sucesso sem ter um casamento abastado ou algo do gênero e Coco luta o tempo todo para conseguir ser bem-sucedida sem a ajuda de um homem, diferentemente das mulheres de sua época. Mas isso causa amargor na personagem, que critica sempre que pode o excesso de “fru-frus” nas roupas das mulheres. Esses dois aspectos da personalidade da protagonista – a descrença em relacionamentos, especialmente no casamento, e a visão crítica em relação à moda vigente nos anos 30 e 40 - formam a mulher que, mais tarde, revolucionaria a moda por meio de suas criações. A estilista retratada em Coco Antes de Chanel é uma mulher amargurada, desiludida, essa visão incomoda. A direção é excessivamente sóbria, acompanhando o tipo de pensamento da personagem, mas entediando o espectador.

A atuação de Audrey é distante, num tom gelado. Por isso, é difícil fazer com que o espectador desenvolva qualquer empatia com a protagonista, que revolucionou a moda ao levar a elegância sóbria ao vestuário feminino. A direção de arte e os figurinos dão ênfase à sobriedade, à elegância, mas a narrativa arrastada e pouco criativa não conquista nem os mais interessados em moda do que em cinema.

Fonte: R7

Especial Channel - A importância na moda!

Em 2010, são completados 100 anos da abertura da primeira – e bem pequena - loja da estilista Gabrielle Chanel em Paris. Depois de tanto tempo, a grife Chanel não cresceu só em números (passando a vender no mundo todo, em diversas lojas, produtos luxuosos e caríssimos).
Chanel tornou-se um dos nomes mais importantes da moda por ter criado peças que marcaram época.

Foi Gabrielle quem libertou as mulheres das cinturas apertadas, que no pós-guerra foram impostas pelo “new look” da Dior e colocou-as em tailleurs masculinos mais confortáveis, deixou as mulheres mais incrementadas com batons vermelhos, broches de camélias e colares de pérolas.

Confira os principais ícones de moda eternizados por Chanel:

- Cabelos curtos: Chanel foi definitivamente uma mulher que marcou época. Circulando pela alta-sociedade parisiense, seu estilo foi muito visto, comentado e divulgado na época. Ela não foi a primeira a usar cabelos curtos, mas difundiu o estilo entre as mulheres francesas que a acompanhavam. Hoje em dia chamamos o “corte Chanel” de cabelos com base reta e cortados na altura do pescoço.


- Pretinho básico:
As cores sóbrias sempre fizeram parte do guarda-roupa pessoal de Gabrielle. Quando ela passou a fazer modelos de vestidos bastante simples para a Chanel, logo ganhou destaque nas revistas de moda, o que fez com que a peça passasse a ser produzida em escala maior e difundido o “pretinho básico” como parte do estilo da grife.

- Tailleur: Gabrielle costumava usar duas peças em seu dia-a-dia, especialmente para ir a corridas de cavalo. Depois de tanto usar, passou a fazer versões também para a Chanel. Foi então que o tailleur tornou-se queridinho das clientes da estilista.

- Colar de pérolas: Há quem diga que foi Chanel a criadora das bijuterias, graças aos colares de pérolas que ela decidiu colocar sobre os pretinhos básicos que criava.



Confira também

Camélias: Os broches com o formato da flor até hoje aparecem incrementando as peças da grife e depois de ser usado com regularidade por Chanel tornou-se símbolo de elegância e sofisticação.

- Bolsa 2.55: Aquela bolsa pequenininha de matelassê e alça de correntes que você vê por aí em diversas lojas foi originalmente criada por Chanel em fevereiro de 1955 (o nome do modelo remete a esta data). O acessório é tão importante para a moda pois foi ela que pela primeira vez tirou as bolsas das mãos das mulheres e ofereceu a elas a possibilidade de carregá-las nos ombros.



- Sapatos bicolores: Lembra daqueles sapatos claros com as pontas e detalhes pretos? Foram lançados por Chanel nos anos 20 com um único intuito, de fazer os pés das mulheres parecerem menores.



- Perfume Nº 5: o número da sorte de Chanel dá nome ao perfume, que até hoje mais rende dinheiro à marca. Ele possui cerca de 80 ingredientes, grande parte de florais. O cubo de vidro transparente minimalista revolucionou o mundo dos perfumes nos anos 20, que até então estava acostumado às embalagens refinadíssimas.

Fonte: Portal R7

Ciara e Givenchy

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Desfile André Lima


Bastidores









Corinne Bailey Rae, John Legend & John Mayer